A GRÉCIA ANTIGA

A GRÉCIA ANTIGA

A GRÉCIA ANTIGA

Prof. Thiago

COSTA, Thiago Augusto Pestana

Introdução

    Este trabalho tem a responsabilidade de evidenciar os grandes acontecimentos da suntuosa e famosa Grécia antiga. Dificilmente caberia em poucas páginas descrever a total venustidade dos aqueus como Homero assim chamava os habitantes da península balcânica, ao qual conhecemos como gregos devido o termo graeci empregado posteriormente pelos os romanos. Tomarei fôlego e tentarei sintetizar ao máximo esta singular organização política, econômica, sobretudo cultural da humanidade.

    Evidentemente tomaremos como ponto de partida a divisão das cidades que compõe o espaço geográfico da Grécia do século V a.C, – período clássico – ou seja, a independência de cada cidade grega resultava em desvantagens em relação à possibilidades de batalha contra invasores, se transformando em um problema incomensurável. Porém neste momento executando um recorte especificamente detalhando as duas maiores potências que a História pôde nos deixar de herança veremos adiante quais eram e qual a importância de seus feitos.

    Tomando a cidade de Esparta como primeira, sabemos que esta era entre outras tarefas, dependente dos trabalhos de escravos nas plantações, – estes requeriam extrema vigilância – devido à ocupação dos homens extremamente ligadas ao militarismo. A criança desde pequena já tinha seu destino marcado pelo exército espartano, e se por acaso esta não gozasse de saúde plena, era atirada da colina, pois se tratando de sentimento, Esparta era mais guerra, e um enfermo ou doente seria um empecilho. Ao norte de Esparta ficava Atenas, uma cidade que em um determinado período ficou conhecida – e ainda considero pelo legado que deixou – berço da cultura. O trabalho escravo era focado nas minas, para agricultura e comércio ficavam ocupados alguns camponeses. Embora a Grécia seja um país, sua divisão de estados independentes ou polis fomentava a economia e gerava certas disputas tanto no comércio, quanto disputas territoriais, sobretudo com a chegada de muitos imigrantes no decorrer da história.

    Apresentada as duas potências gregas, iniciaremos o discurso da tentativa de dominação do território grego pelos persas, sobretudo por questões econômicas ao dominar a região de Mileto, principal fornecedor de tribo das civilizações gregas no que ficou denominado de guerras médicas.

    Dario I, imperador da Pérsia, tinha um exército poderoso, bem treinado e em maiores proporções em relação à Atenas, e quando invadem as planícies atenienses chamada de Maratona – Batalha de Maratona – são surpreendidos pelos hoplitas no comando do estratego Milcíades, que com dez mil homens, expulsam as tropas persas e comemoram a vitória após um combate demorado, difícil e ardiloso. Resguardei-me em citar comparativos de saldo de vivos e mortos em combate por se tratar de um breve trabalho, porém vale evidenciar a existência de estimados dados. Com a derrota persa na guerra de Maratona, o sucessor de Dario, Xerxes, durante dez bem treinados anos, planejou o retorno para as cidades gregas vingando a derrota do pai, e almejando anexar a Grécia sob sua hegemonia.

    Um personagem grego que merece destaque nesta segunda tentativa de invasão persa é o comandante Temístocles, que durante a primeira batalha não só participou como observou as fraquezas do inimigo. Os persas não tinham o costume de travar batalhas em ultramar devido à sua crença religiosa, acreditando que a água salgada do mar é maléfica, portanto não viável. Temístocles consegue a liberação de recursos para a construção do trirreme – poderoso navio com uma viga metálica na ponta, feita para afundar embarcações ao se chocar propositalmente de frente – e se prepara para possíveis incômodos belicosos. Diferentemente da primeira tentativa, o exército de Xerxes invade Esparta que estrategicamente os deixam chegar até o desfiladeiro das Termópilas. Em número superior os persas vão aniquilando o exército espartano, porém ali em campo de batalha sob o comando de Leônidas, estavam os 300 mais bravos guerreiros que a Grécia já tivera, e resistindo os avanços persas de um lado, do outro em Atenas Temístocles parte em retirada para Salamis onde articula seu estratagema. Ora, eis que são abatidos os bravos guerreiros de Esparta e abrindo caminho para a invasão persa, vão em direção à Atenas a qual se deparam com o nada. Em Atenas, vão depredando construções e arruinando a cidade indo em direção à Salamis onde Temístocles estava o aguardando com seus trirremes em posição de ataque fazendo os persas caíssem durante a batalha naval e partir em retirada fechando o segundo período de guerra entre gregos e persas. Não obstante, no Sul da Grécia, mais precisamente nas planícies de Plateia, após a união estabelecida entre as cidades de, Atenas, Corinto e Esparta que ficou responsável de comandar a Liga do Peloponeso, partem em sintonia ao último combate das famosas Guerras Médicas. Mardônio o general persa não conseguiu novamente vencer os estratagemas gregos que aniquilam o inimigo. Era o fim para Xerxes que segundo muitas fontes relatam, foi assassinado em Perséfone, conhecido lugar na Pérsia onde se depositavam coisas valiosas e onde se reuniam pessoas importantes.

    Cada vez mais calejados de batalhas, os gregos decidem então investir na segurança e para tal proteção a cidade de Atenas teria como líder, Aristides que estipulou um valor anual a todos da polis para custear as despesas de segurança do país. Os tributos evidentemente arrecadados teriam que ser depositados na Ilha de Delos, e assim ficou conhecido o acordo como Liga de Delos. Neste período de administração ateniense causou certa discórdia a algumas cidades gregas, sobretudo Esparta que via Atenas ficando cada vez mais sólida e independente em relação às demais. Se alguém ousasse discordar dos fundamentos atenienses, seria rotulado como aliado dos persas e ostracisado de imediato como aconteceu com o grande Temístocles que foi acabar na Pérsia trabalhando como administrador, por fim falecendo falando persa.

    Péricles sem dúvida é um nome de forte referência democrática, e com ele Atenas continua rumo ao florescer da cultura e da ciência. Entre as obras construídas na Acrópole ateniense em seu comando tivemos o Propileus por onde tinham acesso ao interior da Acrópole, o Paternon, famoso templo em consideração a deusa Atena, além da muralha longa, construída para defesa de possíveis ataques persa. Poder-se-ia imaginar que agora com o acordo de paz com a Pérsia denominada Paz de Cálias, a Grécia poderia contemplar seus afazeres em algo mais produtivo e politicamente correto, porém não foi bem assim. O conflito agora seria interno, ou seja, entre irmãs. Atenas é atacada por Esparta, que descontente com sua opulência se enfrentam na guerra do Peloponeso, onde infelizmente sangue de irmãos foi derramado. Esparta leva vantagem na batalha e não obstante de motivos belicosos, os gregos foram atacados pela peste, que deixaria selado com a morte entre outros o famoso Péricles a qual o período de seu legado ficou conhecido por sua importante e marcante personalidade democrática como século de Péricles.

    Vale ressaltar que recebendo financiamento da Pérsia, os espartanos se iludiram ao pensar que dizimariam Atenas que perdura na História da humanidade até hoje. Certamente após as batalhas, a Pérsia foi aos poucos retomando seus espaços, findando este período clássico da Grécia antiga, dando espaço ao helenismo com a ascensão de Alexandre o Grande após a morte de seu pai Felipe II da Macedônia. Evidentemente gostaria de me aprofundar na deslumbrante descrição de Alexandre o Grande, ou seja, o maior conquistador de todos os tempos, porém, a proposta deste trabalho consiste em uma síntese da História da Grécia antiga.

    Em função disso a partir do que fora anunciado anteriormente é que podemos refletir e tentar compreender melhor como viviam o que faziam e em que acreditavam os gregos antigos. Em relação à organização política foram independentes até terem que se unir para enfrentar um inimigo em comum que com bravura e inteligência resolveram os problemas externos, porém, criando outros internos. Não fosse a repugnância de alguns em relação de outros, talvez algures pudéssemos contemplar não só fragmentos, mas obras intactas lapidadas como patrimônio da humanidade. Os gregos antigos podem ser considerados, uma das civilizações mais bonitas que o Velho Mundo pôde contemplar e sua História continuará sendo majestosa seja nos objetos deixados, nas escritas guardadas ou, sobretudo na que se perpetuou e enraizou em nosso seio por Homero e Hesíodo, a Tradição Oral.

Referências Bibliográficas

FINLEY, Moses, I. 1963. Os Gregos Antigos. Trad. Artur Morão – Edições 70, Lisboa – Portugal – Coleção Lugar da História. (Revisado por Dr. José Ribeiro Ferreira – Instituto de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras de Coimbra).

PEDRO, Antônio, 1942 – História Geral / Antônio Pedro. História Antiga e Medieval – São Paulo: v.1-2; Ed. Moderna: 1985. 370 p.

Referência Virtual

Construindo um Império: Grécia

Disponível em: www.youtube.com/watch?v=nwD2F7v67PI; Acesso em 01 mai. 2014.